quinta-feira, 30 de julho de 2009

A magia da monarquia

Crianças recebem uma carta da Rainha de Inglaterra..

Lá se vai a teoria de que os realistas estão a definhar em deterimento de um futuro que pertence a uma vaga e brilhante republica” (artigo publicado no The Monarchist questiona o impacto do ideário republicano, na Austrália, nas camadas mais jovens).
Em Portugal a indiferença dos mais jovens pelo regime e o que ele representa (ou deveria representar) é brutalmente contrastante com a realidade noutros paises (todos eles mais desenvolvidos) europeus que permaneceram ou retornaram à monarquia. De facto Portugal é a par com a Grécia um dos paises onde os jovens mais gostam da História… com a correcta adenda de que falamos da História de Portugal até ao inicio do sec XX, pois daí para a frente a amnésia é total e preocupante para um País europeu no sec XXI. Podemos contar pelos dedos da mão o número de jovens que sabe o nome do 1º Presidente da Republica e compará-lo com a quantidade de jovens que sabe quem foi D. Carlos. Talvez não seja o caso de falha curricular mas antes uma clara percepção da qualidade intrínseca ás duas figuras.
O que não é relevante cai nos anais do esquecimento.

The Magic of Monarchy
So much for the theory that monarchists are dying off at an accelerating pace and the future belongs to some vague shiny republic. The fact of the matter is monarchists are born every minute, it is the futile task of every republican to indoctrinate them into some corrective educational program before they become the future. Judging from this photo, they might want to hurry!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O príncipe que enganou Franco

Em 1969, a guerra civil de Espanha já tinha terminado há mais de três décadas. Francisco Franco, que liderou as forças nacionalistas até à vitória nessa sangrenta contenda, era o líder supremo e indisputado do país. Restava a dúvida, contudo, sobre o que se passaria depois da sua morte.

Há que lembrar, para se compreender bem a situação, que as forças nacionalistas que venceram a guerra não eram uniformes. Ao lado dos elementos do exército regular, combateram milhares de falangistas, seguidores de uma ideologia muito semelhante ao fascismo italiano e que incluía uma significativa corrente republicana de direita.
Lutaram também voluntários católicos que, simplesmente, não se reviam no regime que levou a cabo a maior perseguição à Igreja Católica de história de Espanha; monárquicos constitucionalistas, defensores do regime que imperou até à abdicação de Afonso XIII, e os lendários requetés, monárquicos tradicionalistas defensores da dinastia carlista.

Franco acabou por tomar uma decisão peculiar. Restaurar a dinastia de Afonso XIII, sim, mas não na pessoa do então herdeiro Juan, conde de Barcelona. O professor e historiador Mendo Castro Henriques, explica que “existiu um acordo tácito entre o conde de Barcelona e Francisco Franco de que seria instaurada a chefia de Estado real, mas com um rosto novo”, uma vez que Franco não confiava em Juan de Bourbon para manter o seu regime autoritário.
Por isso, quando no dia 22 de Julho de há 40 anos Franco tornou pública a decisão de que o jovem príncipe Juan Carlos lhe sucederia no poder, não foi grande a surpresa.

"A decisão era esperada, mas não se sabia a identidade que Juan Carlos criaria. Juan Carlos viveu até aos dez anos em Portugal com seus pais, de quem recebeu os princípios da monarquia parlamentar. Depois, foi para Espanha, a fim de ser educado como herdeiro do trono e comandante das forças armadas. Durante os anos do fim do franquismo, foi visto como um ‘bom aluno’ de Franco. Mas o próprio generalíssimo galego foi enganado. Juan Carlos construiu a sua identidade e rede de contactos que lhe permitiram liderar a transição democrática”, explica o professor da Universidade Católica e do Instituto de Democracia Portuguesa.
Esta identidade de Juan Carlos revela-se, já Rei, quando põe fim ao levantamento militar que protestava contra a democratização do país. Aí, torna-se definitivamente Rei, não só dos monárquicos, mas de todos os espanhóis, passando a contar com a fidelidade até do partido comunista.

O seu pai, o Conde de Barcelona, morreu em 1993, 28 anos depois de Franco, o homem que o impediu de ser Rei, mas que não pode impedir que a sua visão para Espanha se concretizasse.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que é que a república vai comemorar?

Por João Mattos e Silva

Aproxima-se o início das comemorações oficiais do centenário da república. A Comissão nomeada pelo actual presidente, Prof. Cavaco Silva, composta de “republicanos moderados”, onde até há uma conhecida personalidade ligada à Igreja, para evitar desmandos jacobinos e uma historiadora da arte, certamente para historiar a “arte” com que os republicanos assaltaram o poder legítimo, lançou há poucos dias um Portal que além de nos dar a conhecer a Comissão de Honra e a Comissão Consultiva, onde ombreiam o Grão – Mestre do GOL e um prelado católico, a par de outros republicanos irrelevantes, pouco mais diz. Porque pouco mais tem a dizer.

Aproxima-se o início das comemorações da implantação da república e eu ainda não percebi muito bem o que se quer comemorar. A revolução lisboeta que impôs a república pelo telégrafo ao resto do país, amolecido pela demagogia e indiferente perante o descalabro a que os partidos da Monarquia tinham reduzido a política? A I República das constantes revoluções, dos assassinatos dos seus heróis revolucionários e de um Presidente da República, da perseguição à Igreja Católica, dos presos políticos, da polícia política chamada pelos próprios republicanos “formiga branca”, da negação do voto das mulheres, da bancarrota, da participação na guerra europeia para, com milhares de mortos, consolidar o regime aos olhos internacionais? As ditaduras, do Partido Democrático de Afonso Costa, de Sidónio Pais, dos militares que, em 28 de Maio, saíram vitoriosos de uma “Revolução Nacional”, porque o povo estava farto da “balbúrdia sanguinolenta” que era a república? Da II República autoritária, da direita mais conservadora, que se afirmou pela memória assustadora da caótica primeira e da conseguida recuperação financeira do novo regime, pelo apoio pretoriano das Forças Armadas, pela polícia política, pela censura, pela repressão? A III República nascida de mais uma revolução contra a segunda, feita pelas Forças Armadas, e que só não conduziu a outra ditadura, agora da esquerda conservadora comunista, porque alguns políticos e alguns militares mais esclarecidos se lhes opuseram, criou um sistema democrático mas o condicionou à construção do socialismo, mesmo contra a vontade do povo não socialista, impôs o “sistema republicano de governo”, mesmo se o povo o não quiser, gerou uma partidocracia que domina o regime e manieta a liberdade democrática, apregoa a “ética republicana” mas pouco faz para impedir a falta de ética na actuação dos poderes do Estado e, nomeadamente, a corrupção e o nepotismo, nos empurra para a cauda da Europa em quase tudo, compromete o futuro e faz doloroso o presente para uma enormíssima parte da população, sem esperança e sem fé?

Seria demagogo, também eu, se não dissesse que muitas acções do regime republicano foram positivas em cem anos de vida. Mas o saldo, apesar disso, é negativo. E cada vez mais nos vamos dando conta desse facto, comparando-nos com as Monarquias europeias que foram evoluindo naturalmente sem roturas revolucionárias, a anos de luz de nós política, económica, social e culturalmente, e nomeadamente com a evolução da Monarquia espanhola, nascida depois da “revolução dos cravos”, que acedeu à democracia quase ao mesmo tempo e nos leva, em todos os aspectos, uma enorme dianteira.

Para além dos discursos laudatórios e encobridores da verdade histórica, das exposições que procurarão mostrar as “misérias” da Monarquia e o altíssimo “progresso” da República, do envenenamento dos nossos filhos nas escolas públicas com a distorção da História servida em concursos, palestras e outras actividades mais ou menos pedagógicas, mais ou menos lúdicas, de obras que já se deveriam ter feito, mas cuja desculpa para não as fazer é que não havia dinheiro, que agora jorra a rodos dos cofres de um Estado em crise financeira e económica, com milhares de desempregados e pessoas a viver abaixo do limite da dignidade humana e que, mesmo assim, estarão prontas ou não a tempo porque os portugueses e os lisboetas em particular não se deixam ludibriar com facilidade, para além desta parafernália de louvores estéreis e, nalguns casos, histéricos, o que fica? Nada. Porque o regime republicano está em estertor e um dia virá, talvez não muito longínquo, em que os portugueses - começando pelos críticos ilustres tão apreciados e divulgados que fazem diagnósticos acertados mas não atinam com a doença e muito menos com o remédio adequado - abrirão os olhos e mandarão para o caixote da História este regime e estas comemorações faraónicas, feitas com muitos milhões de euros que saem dos nossos bolsos.

[Com a devida vénia ao diariodigital.pt]

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Família Real da Noruega "adopta" cão-d'água português

Depois do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi a vez do príncipe Haakon fazer uma surpresa aos filhos.

Se seguisse o exemplo do pai, o príncipe Haakon da Noruega teria escolhido um setter inglês, mas o herdeiro do trono norueguês preferiu seguir a moda e oferecer aos filhos um cão-d'água português. Depois de Barack Obama ter optado pela raça que acompanhou os marinheiros portugueses durante os Descobrimentos, foram várias as figuras públicas que não resistiram ao seu pêlo encaracolado e feitio meigo e brincalhão.

Ideal para quem tem crianças - como Obama, que tem duas filhas, e Haakon, que além dos dois filhos tem um enteado - o cão-d'água começou por conquistar Ted Kennedy. O velho "leão" do Senado americano é dono de três cães desta raça - um deles serve mesmo de "narrador" no livro infantil do irmão do presidente assassinado John Kennedy O Meu Senador e Eu - e foi ele quem ofereceu Bo ao casal Obama.

É bem visível a empatia imediata entre o cachorro Milly Kakao, os príncipes Alexandra, de cinco anos; e Sverre Magnus, de três, e Marius, filho de um relacionamento anterior de Mette-Marit. A imagem idílica das criancinhas loiras a brincar com o cão contrasta com a irritação dos criadores, que receiam que a corrida aos cachorros ponha em causa a pureza da raça.