quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Museu da Fundação da Casa de Bragança pode perder Coches do seu núcleo para o novo Museu em Lisboa

A directora do Museu da Fundação da Casa de Bragança (FCB), Maria Monge, referiu em entrevista que “não há nenhuma comunicação oficial", mas que "alguns dos coches que estão no núcleo de Vila Viçosa correm risco de ser transferidos para o novo Museu dos Coches, em Lisboa".

A centralização funciona”, disse a responsável. Trata-se de um "prejuízo para a visibilidade das viaturas”, sendo que "é um património que estava a ser usufruído pelas populações do interior", salientou. Maria Monge realçou que a carruagem que transportava o Rei D. Carlos quando foi assassinado há 102 anos constituía, até há pouco tempo, o principal atractivo da exposição permanente de carruagens de Vila Viçosa, no Paço Ducal. A carruagem foi transferida para Lisboa há dois anos, quando se assinalou o centenário do regicídio e não regressou a Vila Viçosa. A directora do Museu da FCB referiu ainda que a Fundação renovou um protocolo com o Instituto dos Museus e da Conservação, tutelado pelo Ministério da Cultura, para a continuidade, por um prazo de vinte anos, de cerca de 70 viaturas no núcleo de Vila Viçosa.

Actualmente, existem 76 viaturas em Vila Viçosa, mas cerca de 10 ou são propriedade da FCB ou pertencem a particulares, e estão depositadas.
A primeira pedra do novo Museu dos Coches foi colocada a 1 de Fevereiro, tendo sido apresentado o respetivo programa museológico. Será erguido nas antigas instalações das Oficinas Gerais de Material de Engenharia do Exército, na Avenida da Índia, em Belém, e será da autoria do arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha. Ocupará 15 177 m2 e custará 31,5 milhões de euros provenientes das contrapartidas do Casino de Lisboa. A colecção é composta por 130 viaturas, 54 das quais se encontram no actual Museu dos Coches – o mais visitado de Portugal -, e as restantes 76 no núcleo de Vila Viçosa, instalado desde 1984 nas antigas cocheiras e cavalariças do Palácio.

[A Fundação da Casa de Bragança não tem qualquer relação com S.A.R. O Senhor D. Duarte Pio, Duque de Bragança. Foi despoticamente instituída pelo Decreto-Lei n.º 23240, de 21 de Novembro de 1933, alegando dar cumprimento ao testamento de D. Manuel II. O seu património foi constituído pelos bens pessoais de D. Manuel II, recém falecido, e pelos bens integrantes do património da Casa de Bragança.]

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O 31 de Janeiro de 1891


O 31 de Janeiro de 1891, por Lourenço Pereira Coutinho - ver o pdf

Comunicado de S.A.R. Dom Duarte de Bragança

Importante Comunicado de S.A.R. Dom Duarte de Bragança acerca da petição relativa à realização de uma Convenção Monárquica em Portugal.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Regicídio foi há 152 anos

28/09/1863 – 01/02/1908

D. Carlos I (1863-1908) foi o primeiro rei de Portugal a ser vítima de um atentado desde a suposta conspiração contra D. José, em 1758, e o primeiro a morrer de morte violenta depois de D. Sebastião, em 1578. Foi também um dos mais inteligentes e capazes reis do seu tempo, quando a Europa era ainda, com excepção da França e da Suiça, um conjunto de monarquias. D. Carlos tinha 26 anos quando foi aclamado rei, a 19 de Outubro de 1889, e apenas 44 quando morreu, a 1 de Fevereiro de 1908. Manteve-se com ele a fatalidade dos reis constitucionais portugueses de ascenderem ao trono muito jovens e morrerem relativamente cedo.

D. Carlos, de Rui Ramos