terça-feira, 25 de março de 2008

Parabéns D. Afonso de Bragança!

Faz hoje 12 anos (nasceu a 26 de Março de 1996) o Senhor D. Afonso de Bragança, Príncipe da Beira, filho de SSAARR o Senhor D. Duarte Pio, Duque de Bragança e D. Isabel de Herédia.
Parabéns!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Real de Beja protesta contra homenagem a regicida

Os monárquicos de Beja insurgiram-se através de carta enviada ao presidente da Assembleia Municipal de Castro Verde contra o programa evocativo do primeiro centenário do regicídio que a autarquia decidiu promover através de uma homenagem a Alfredo Luís Costa, um dos envolvidos no assassinato do rei D. Carlos I e do príncipe herdeiro Luís Filipe, na tarde de 1 de Fevereiro de 1908.

A Real Associação de Beja, RAB, manifestou o seu "repúdio" contra a atitude de "alguns poucos castrenses de quererem hoje transformar em heróis energúmenos e traidores" com um gesto expresso através do descerramento de uma lápide na casa onde se presume tenha nascido Alfredo Luís Costa, natural da freguesia de Casével, no concelho de Castro Verde.

José Gaspar, presidente da RAB, diz não compreender como se pode homenagear alguém que matou um "rei constitucional, defensor do parlamentarismo, que tão bem promoveu e honrou os valores da liberdade e da democracia", comparando esta atitude com a "maneira democrática e civilizada" como "muitos ilustres republicanos" assinalam o "hediondo crime".

A Câmara de Castro Verde dinamizou um programa evocativo da República, com iniciativas que decorrerão de Janeiro de 2008 a Outubro de 2010 e que assinala o primeiro centenário do regicídio. Fernando Caeiros, presidente da autarquia alentejana, explicou que o regicídio foi "uma etapa fundamental para a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, e um elemento fulcral para a construção do Portugal moderno". O autarca lembra que a morte de D. Carlos e de um dos seus filhos teve entre os seus mentores Alfredo Luís da Costa, "motivo pelo qual o concelho de Castro Verde se encontra intrinsecamente ligado à história do acontecimento". No entanto, Caeiros diz que "ninguém vai gritar "morte ao rei"". "[O regicídio] foi um acto que não merece o nosso apoio, mas que ao mesmo tempo não nos deve envergonhar [por ter sido um] momento determinante [para a República]", frisou.
Num comunicado emitido a propósito da efeméride e onde a autarquia divulga o programa evocativo da República, chama-se a atenção para o "esquecimento" em que as comemorações do 5 de Outubro têm caído, "desvalorizando-se, desta forma, todo o trabalho de transformação social" que este momento de grande importância histórica trouxe ao Portugal dos princípios do século XX. Caeiros completa este ponto de vista, dizendo ser importante do ponto de vista social e cultural "uma reflexão sobre os acontecimentos" de 1 de Fevereiro de 1908.

terça-feira, 11 de março de 2008

D. Duarte chamado "Rei" no Rio de Janeiro

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, no centro antigo do Rio de Janeiro, estava ontem engalanada de flores amarelas e polícias militares empunhando bandeiras. Lá dentro, a música era cantada em latim. O tom era de festa. Só destoava a rapariga que à porta distribuía panfletos a quem passava, como numa "manif". "Nota de desagravo", dizem.

A celebração que decorria nesta igreja era alternativa ao programa oficial. Nela não participava Cavaco Silva, convidado de Lula nas comemorações dos 200 anos da chegada da família real ao Brasil, que estão a decorrer. A Igreja do Rosário foi onde D. João VI, ainda príncipe regente, assistiu ao Te Deum no dia em que desembarcou no Rio, 8 de Março de 1808. Mas não foi a igreja escolhida agora para as comemorações oficiais. A nobre função coube à actual Sé, remodelada por uma empresa privada e onde Cavaco assistiu a um concerto. Fora das comemorações oficiais, a Igreja do Rosário não se ficou e resolveu fazer um panfleto de protesto e celebrar na mesma com "uma missa solene, aberta ao mesmo tipo de público, que de forma entusiasta recebeu a família real, em 1808: nós, brasileiros comuns".
Negros, mulatos, brancos, enfim, numa definição, brasileiros, encheram os bancos da igreja. A irmandade que gere a igreja chama-se "dos homens pretos" porque foi desde cedo composta por escravos, e negros libertados - muitos com fundos da paróquia. No primeiro Te Deum, o príncipe regente foi recebido pelos negros da congregação, como retrata o quadro de Armando Viana, agora na capa do catálogo da grande exposição sobre o tema, aberta na sexta-feira por Cavaco e Lula no Museu Nacional.

Foi essa audiência mista que rejubilou em palmas com a entrada de D. Duarte Pio na cerimónia. No Rio a convite da Câmara, atrasado por ter estado com Cavaco - veio a pé dois quarteirões até à igreja -, foi saudado com um "vem entrando o Rei de Portugal" pelo nervoso apresentador negro, que nem reparou no erro diplomático. Na igreja já estavam D. Luís Gastão, herdeiro do trono brasileiro, e seus irmãos, que se associaram à celebração não oficial. Para os Bragança, descendentes de D. João VI, todas as comemorações são boas: dignificam as memórias familiares, relembram o lugar deles, herdeiros sem trono, na história. "Fiquei muito emocionado com o discurso de Lula", conta D. Bertrand de Orleans e Bragança, irmão de D. Luís. O presidente brasileiro agradecera à família o papel na criação do Brasil e enalteceu D. João VI no discurso de inauguração das comemorações.

D. Duarte Pio é descendente de D. Miguel, que não esteve ao lado do irmão na questão brasileira. Mas 200 anos depois, e sem monarquia instituída em nenhum dos países, a questão é pouco relevante. Como aliás mostra a recepção, entre o eufórico e o curioso, que ele e Isabel de Herédia tiveram nesta missa e no que se seguiu. Depois da cerimónia, houve o "aperto de mão" a D. Luís - muito parecido com o beija-mão real em que D. João VI passava tardes no Paço Real. Os que participaram na missa foram cumprimentar o herdeiro, ele sentado numa cadeira no meio do salão paroquial, eles em fila indiana à espera do momento. Nenhum dos presentes teve de passar por seguranças, como aconteceu na cerimónia de Lula e Cavaco. Até o fotógrafo de serviço, Jadson, apareceu porque viu o anúncio da missa no jornal e achou que havia ali negócio: vendia, por 20 euros, "a sua foto com o imperador". Uma verdadeira manifestação popular, como dizia Isabel de Herédia, "muito divertida e sem preconceitos". "Viva o Brasil! Viva D. Luís! Viva D. Duarte Pio! Viva Portugal, nossa pátria mãe!", gritou o apresentador no final da cerimónia.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Hoje - Prós e Contras discute "Monarquia vs. República"

22:30 h - RTP1 - Prós e Contras - O debate mais alargado da televisão portuguesa

Paulo Teixeira Pinto, presidente da Causa Real, enfrenta António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.

Ética republicana ou ideais monárquicos? O que divide hoje os dois regimes? As experiências europeias… Fundamentos e valores políticos…

Ainda com Medeiros Ferreira, António Costa Pinto, Adelino Maltez, Rui Tavares, Mendo Castro Henriques, Gonçalo Ribeiro Telles e ainda um conjunto alargado de outras personalidades monárquicas e republicanas.