quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Quanto maior, melhor", por Nuno Pombo

Ficámos a conhecer, há dias, o projecto com que Paredes pretende contribuir para o centenário da república. Paredes propõe-se gastar um milhão de euros na construção de um gigantesco mastro, na ponta do qual sugere seja desfraldada uma também desmesurada bandeira.

Não tenho, como é evidente, nenhum preconceito contra a bandeira, cujo culto um brasileiro técnico de futebol logrou resgatar nas barbinhas das esquerdas mais encarniçadas. Não sou daqueles que reprovam tudo quanto possa soar a serôdias evocações de tempos que se querem idos. Mas não julgo adequado que se instrumentalizem os símbolos nacionais, pondo-os na disponibilidade de criativos, mais ou menos imaginativos, que nutrirão por esses mesmos símbolos os afectos que costumamos dispensar às larvas de gafanhoto.

Do perdulário orçamento do Estado, garantem-nos, não sairá um euro para custear este folclore, embora saibamos que cada cêntimo que for gasto na paródia que vão ser as comemorações oficiais é menos um que é investido naquilo que verdadeiramente acossa os portugueses. Mas nós, povo intrépido, sempre fomos pródigos em projectos ingentes. Construímos e mantivemos um dos maiores impérios do globo… mas, como vaticinou o poeta, “outros haverão de ter o que houvermos de perder”… e não mais parámos. Continuámos na peugada da excepção e temos para exibir o maior fogareiro de castanhas do mundo, maravilhamo-nos com a maior árvore de Natal de que há memória e organizámos a maior feijoada-servida-em-tabuleiro-de-pontes-sobre-rios da história da humanidade. Um povo capaz destas façanhas não terá engenho e arte para erguer um mastro como deve ser e manter ondulante uma bandeira de dimensões consideráveis? Tem. Para isso e para muito mais.

E para ser franco, o despesismo, os absurdos, os crimes, os desvarios, as corrupções, os dislates, as traições, os disparates e os desatinos destes últimos 100 anos são tantos, e tão impressivos, que uma bandeirinha de dimensões paroquiais não conseguiria fazer justiça a todas as patifarias que a república nos concedeu. Para mim, quanto maior, melhor.

E que todos os que ponham os olhos nela se lembrem do que representa tão bem parida ideia!

Em tempo de crise as despesas do Presidente da República aumentam!

Segundo o Orçamento de Estado (OE) para 2010, está previsto, no conjunto dos 81.216 milhões de euros de despesa global inscrita, um aumento de 0,40% nas despesas com Encargos Gerais, que inclui a Presidência da República.

Assim, consultando o OE, fica-se a saber que a Presidência da República custa aos portugueses 20,8% de 3.237,2 milhões de euros, ou seja cerca de 6 milhões de euros!!

A República em ano de pseudo-centenário...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Causa Real: Missa por S.M. El-Rei D. Carlos e S.A.R. O Príncipe D. Luis Filipe

Lembrando, no ano do centenário da República, o assassinato do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real, percursor da implantação do regime republicano, a Real Associação de Lisboa manda celebrar Missa sufragando as suas alma no próximo dia 1 de Fevereiro pelas 19.00h, na Igreja da Encarnação, Largo das Duas Igrejas, ao Chiado.

A alteração do tradicional local da Missa e o facto de não haver romagem à Lápide que assinala na Praça do Comércio o local do Regicídio, deve-se às obras que decorrem tanto na Igreja de São Vicente de Fora e Panteão da Casa de Bragança como na referida Praça.
Convidam-se todos os Monárquicos a estarem presentes nesta celebração em memória do Soberano e do Herdeiro da Coroa de Portugal, recordando e homenageando o seu sacrifício ao serviço de Portugal

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vergonha: PPM quer alterar Constituição e referendar Monarquia

O Partido Popular Monárquico (PPM), que hoje em dia nada representa em Portugal, diz quer alterar, já em 2010, a norma constitucional que impõe a forma republicana de Governo e desencadear um referendo sobre a monarquia, disse o líder dos populares-monárquicos.

Manuel Beninger adiantou que a República nunca foi questionada nem referendada em Portugal, sendo, por isso, "resultado da vontade de uma minoria".
"Se os republicanos estão assim tão certos da vontade do povo português, então porque não deixam fazer um referendo?", questionou, no final de um jantar de monárquicos, organizado em Braga, no qual participaram cerca de 100 pessoas, militantes e dirigentes do norte e do centro do País, representantes dos órgãos nacionais do partido, membros das casas reais (isto o que é?) e da Associação Real de Portugal.

Manifestando-se convicto de que "os portugueses quererão partir para uma representatividade nacional com um rei e não com um presidente", Manuel Beninger disse que "a democracia saída do 25 de Abril de 1974 mais parece uma República democrática da Roménia no tempo do Ceauscescu ou da Guiné-Bissau no tempo do Nino, já que impõe uma vontade que não é da maioria, mas da minoria".
Garantiu que os monárquicos vão estar activos no ano em que se comemora o centenário da primeira República. "Tivemos uma primeira República de terrorismo, uma segunda com 43 anos de ditadura e uma terceira, a do 25 de Abril, que priva os monárquicos da possibilidade de terem um cão", acusou.
Para alterar a constituição, o PPM pensa sensibilizar, de imediato, a opinião pública próxima do PSD e do CDS e, mais tarde, o PS. "Queremos uma lei fundamental igual para todos", frisou Beninger.

[Cambada... Fui ver quem era Manuel Maria Beninger Simões Correia. Sendo assim é licenciado em engenharia civil, e com "um vasto percurso profissional que se caracteriza por uma forte marca multidisciplinar. Tendo frequentado diversos cursos de música e línguas, utilizou essa bagagem académica na docência, que exerceu em várias escolas do ensino básico e secundário". "Muito ligado ao associativismo", colabora regularmente com vários órgãos de comunicação social e assina pontualmente contribuições em jornais de referencia, entre os quais o Diário do Minho, o Correio do Minho e Público. Foi presidente da juventude Monárquica em 1992 e cumpre actualmente mandato na Assembleia Municipal de Braga como deputado. Dedica-se empenhadamente às causas sociais, sendo um voluntário activo da Cruz Vermelha de Braga, na “Equipa de Rua” do “Projecto Aproximar”.
E é assim permitido que este indivíduo possa dizer tudo o que lhe vem à cabeça...]

Centenário da República – é grande o desespero e o despesismo

Serão mais de 500 iniciativas culturais, um pouco por todo o país, e prolongam-se por todo este ano, que marca o centenário da República, até Agosto de 2011. Haverá exposições a contar a história da implantação da República, mas também ciclos de debates, cinema, fotografia, festivais, ou exposições temáticas como aquela que mostrará a importância do ensino na I República.

No programa global encontram-se também exposições itinerantes, dentro e fora de Portugal, e exposições de arte, como a que se poderá ver no Museu Nacional de Arte Antiga sobre os primitivos da pintura portuguesa. Os amantes da música, da caricatura ou da banda desenhada, também não foram esquecidos no programa cultural ontem apresentado, na Biblioteca do Palácio da Ajuda, pelo presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), Artur Santos Silva, a comissária Fernanda Rollo e a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Entre as mais de 50 iniciativas de instituições ligadas ao Ministério da Cultura, haverá textos encenados no Teatro Nacional São João, no Porto, e no Teatro Nacional Dona Maria, em Lisboa, um ciclo na Cinemateca em Lisboa e actividades ligadas a museus e bibliotecas por todo o país.
As celebrações do centenário, cujo programa está aberto e procura acolher iniciativas de fora da CNCCR, serão uma ocasião para descentralizar a cultura e redescobrir artistas ou dá-los a conhecer aos mais jovens. A ideia, sublinhou Fernanda Rollo, é criar uma ponte entre o passado e o futuro, valorizar o património e ver como através da evocação do passado histórico, este pode ser recriado e estimulado para um melhor conhecimento da cultura e da identidade.
Também foi sugerido que estas comemorações se prolonguem para além da efeméride e contribuam para uma reflexão sobre o que se quer da escola ou da cultura em Portugal. É esse, pelo menos, o desejo da comissão que dispõe de 10 milhões de euros do Orçamento do Estado para as comemorações.
Este momento de celebração é um momento que devemos àqueles que na História fizeram essa mudança de regime. Os ideais, os protagonistas e as grandes realizações são para nós uma parte fundamental do programa”, disse Artur Santos Silva, que falou no objectivo de “ver como a partir desses ideais republicanos revisitados podemos ter amanhã um Portugal melhor”.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Rei de Espanha celebra aniversário

O Rei Juan Carlos, de Espanha, celebra, esta terça-feira, o seu 72º aniversário.

A data não será assinalada com nenhum acto oficial.

Fontes da Casa Real espanhola revelaram que Juan Carlos vai festejar o aniversário de forma discreta e "tradicional" no Palácio da Zarzuela.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Paulo Teixeira Pinto processa Louçã por difamação e calúnia

Líder do Bloco classificou de "patusca" uma iniciativa da Causa Real, à qual pertence o ex-banqueiro e que, segundo Louçã é um grupo de "saudosistas monárquicos".

O ex-presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, apresentou uma queixa-crime contra Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, que acusa de difamação e calúnia. A queixa deu entrada no final de 2009 na Assembleia da República.
Em causa estão as declarações proferidas por Louçã a dia 5 de Outubro de 2009, que uma iniciativa da Causa Real (o desembarque no Terreiro do Paço e um cortejo nocturno aos gritos de "Viva a Monarquia") era uma acção "patusca" promovida por um "banqueiro milionário" associado ao período do colapso da liderança do BCP.