quarta-feira, 29 de junho de 2011

Monárquicos canadianos sugerem Harry como rei

A poucos dias da visita dos Duques de Cambridge, os monárquicos canadianos relembraram uma questão polémica: o facto de a chefia do Estado estar nas mãos da Rainha de Inglaterra, com um oceano de distância entre os dois países. Os canadianos sugerem que Harry seja nomeado Rei do Canadá.

Os canadianos não estão satisfeitos pelo facto de o seu Chefe de Estado só os visitar a cada dois ou três anos. E isso joga a favor dos republicanos e dos independentistas do Quebeque. De acordo com o Daily Telegraph, os monárquicos daquele país sugerem a mudança de Harry, que é apenas terceiro na sucessão ao trono, para Otawa, para dar à família real uma presença permanente no Canadá.

"O príncipe Harry, que virtualmente não tem hipóteses de se tornar rei, poderia instalar-se aqui e fundar um ramo canadiano da família real. Ou o futuro rei poderia rodar - seis meses no Canadá, seis na Austrália, seis em Londres", afirmou Etienne Boisvert, porta-voz provincial da Liga Monárquica do Canadá.

William e Kate, provavelmente futuros Rei e Rainha de Inglaterra, visitam esta semana o Canadá, incluindo o Quebeque, de maioria francófona e republicana, onde deverão ouvir no domingo protestos de republicanos e separatistas locais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Timor-Leste: Atribuída nacionalidade a D. Duarte Pio

S.A.R. o Senhor D. Duarte Pio Nuno João Henrique Pedro Miguel Gabriel Rafael de Bragança é o nome completo de um novo cidadão timorense, por resolução tomada pelo Parlamento Nacional, revelou hoje fonte parlamentar.

Trata-se do pretendente à Coroa portuguesa, a quem o Parlamento de Timor-Leste decidiu atribuir a cidadania, numa resolução subscrita por deputados de todas as bancadas, excepto do Partido de Unidade Nacional (PUN), por entender que a nacionalidade deveria ser concedida pelo Ministério da Justiça.

A votação registou duas abstenções e nenhum voto contra, sendo concedida ao herdeiro do trono de Portugal a cidadania de Timor-Leste a título excecional, "por altos e relevantes serviços prestados a Timor-Leste e ao seu povo".

terça-feira, 7 de junho de 2011

Rússia: Arqueólogos encontraram restos mortais de membros da família Romanov

Arqueólogos acreditam ter encontrado os restos mortais de membros da família imperial russa que foram executados pelos bolcheviques e sepultados em valas comuns descobertas casualmente na Fortaleza de Pedro e Paulo de São Petersburgo.

"Fontes seguras dizem que quatro grão-duques da dinastia Romanov foram mortos em 1919 nesta fortaleza. Acreditamos ter encontrado os restos de Georgi Mikhailovich, Nikolai Mikhailovich, Dmitri Konstantinovich e Pavel Alexandrovich", afirmou Vladimir Kildiushevski, arqueólogo responsável pelas escavações.

Restos mortais de centenas de pessoas fuziladas já haviam sido encontrados no local noutra ocasião.

O grão-duque Pavel Alexandrovich Romanov era tio do último czar russo, Nicolau III, executado nos Montes Urais pelos bolcheviques em 1918 ao lado da sua família. As outras três vítimas eram seus primos, netos do czar Nicolau I.

Os quatro grão-duques foram assassinados em 1919 na Fortaleza de Pedro e Paulo, no coração da antiga capital do império russo, mas o lugar das suas sepulturas nunca fora localizado.
Os bolcheviques mataram inúmeras pessoas na fortaleza situada nas margens do Rio Neva, na qual se encontra a Catedral de Pedro e Paulo. No local, foram sepultados todos os czares da Rússia desde Pedro, O Grande.

Quase um século depois, a descoberta acidental de restos humanos durante obras de restauro, em 2007, deram início a novas escavações. Os arqueólogos encontraram seis valas comuns que datam de 1917-1919 com os restos de centenas de pessoas, incluindo jovens que tinham cerca de 16 anos de idade quando foram mortos.

"Todas as vítimas foram assassinadas com um tiro na cabeça e os corpos amontoados nas valas. Alguns crânios trazem marcas em particular, como se as vítimas tivessem levado uma coronhada na cabeça", explicou Kildiushevski.
O arqueólogo mostrou objectos encontrados entre os ossos: óculos, uma grande cruz de ouro, cigarreiras, cadernos, pedaços de roupas, um chapéu ainda bem conservado e um sapato. "Em algumas valas, foram atiradas apenas pessoas mais velhas, os civis. Noutras, jovens entre 20 e 30 anos que eram cadetes das escolas militares", contou o arqueólogo.

As mortes ocorreram durante o período conhecido como "Terror Vermelho" desencadeado pela Cheka (a polícia política) e o Exército durante a guerra civil no país, que durou de 1918 a 1923. Durante estes anos, milhares de "inimigos" - nobres, burgueses, funcionários, sacerdotes, grevistas e camponeses - foram executados na Rússia.
Latsis foi quem determinou a morte dos quatro Romanov executados em Petrogrado (nome de São Petersburgo entre 1914 e 1924, antes de ser baptizada como Leningrado de 1924 a 1991).

Duque de Bragança assina novo livro de Raquel Ochoa

"A Infanta Rebelde", de Raquel Ochoa, que edita pela primeira vez na Oficina do Livro, conta com o prefácio de Dom Duarte, Duque de Bragança.

"Neta de D. Miguel I e última filha de D. Miguel II, Maria Adelaide de Bragança, Infanta de Portugal, nasceu em Janeiro de 1912.
Desde muito cedo, foi testemunha de um mundo em transformação. Assistiu à queda de impérios, viveu por dentro duas guerras mundiais e participou activamente na resistência contra os nazis.

Por duas vezes esteve presa e em ambas foi condenada à morte. A intervenção directa de Salazar numa delas e um desenlace surpreendente noutra permitiram que continuasse a sua luta.

Ao chegar a Portugal, já casada, com o seu estilo sincero, directo e inconformado, continuou a defender as ideias em que acreditava, no auxílio aos mais desfavorecidos, desagradando a uma sociedade que considerava a sua actuação pouco adequada a uma pessoa da sua condição.

«A Infanta Rebelde» mostra-nos a vida de uma figura absolutamente ímpar na História Contemporânea de Portugal, mas, acima de tudo, o retrato de uma mulher que teve a coragem de ultrapassar todos os obstáculos e lutar pelo ideal que dava sentido à sua vida – tornar a sociedade, tal como a sua natureza, mais justa e benévola. Um extraordinário testemunho de humanismo e coragem."