quinta-feira, 24 de julho de 2008

Nepal: PR do Nepal assume funções

O primeiro Presidente da República do Nepal, Ram Baran Yadav, tomou ontem posse, anunciaram responsáveis nepaleses.
Apoiado pelo partido do Congresso do Nepal (centrista), Ram Baran Yadav recolheu segunda-feira 308 dos 590 votos dos deputados da Assembleia constituinte, ficando à frente do candidato apoiado pelos maoistas. Os maoistas dispõem da maioria dos assentos da Assembleia, mas não de maioria absoluta.
A eleição do Presidente mergulhou o país numa nova crise política porque os maoistas decidiram não formar o primeiro governo da República do Nepal.

A monarquia nepalesa
As leis da genealogia não destinavam Gyanendra a ser rei do Nepal. Mas numa
noite de Junho de 2001, o seu sobrinho e príncipe herdeiro, o jovem Dipendra, num acto de loucura alimentado por um desgosto amoroso e pelo excesso de álcool, interrompeu atiro de metralhadora um jantar familiar. Morreram o monarca, Birendra, a rainha e mais seis membros da realeza. O próprio assassino acabou por se suicidar. Pouco depois, um Nepal ainda em choque entronizava o irmão do rei morto. Mas os sete anos de reinado de Gyanendra foram um fracasso total, culminando com a vitória (nas urnas) da guerrilha maoísta que acabou com a monarquia, pondo fim a uma dinastia que governa este país dos Himalaias há dois séculos.

Os guerrilheiros maoístas, que se transformaram em partido político após uma década de luta armada, viram o rei Gyanendra partir voluntariamente, e aboliram a monarquia durante a reunião da Assembleia que elaborarou a nova Constituição deste país de 28 milhões de habitantes. Os maoístas, vencedores das eleições, são membros de um movimento que gera desconfiança nas vizinhas China e Índia e que os Estados Unidos continuam a considerar como terrorista.

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