segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vergonha: PPM quer alterar Constituição e referendar Monarquia

O Partido Popular Monárquico (PPM), que hoje em dia nada representa em Portugal, diz quer alterar, já em 2010, a norma constitucional que impõe a forma republicana de Governo e desencadear um referendo sobre a monarquia, disse o líder dos populares-monárquicos.

Manuel Beninger adiantou que a República nunca foi questionada nem referendada em Portugal, sendo, por isso, "resultado da vontade de uma minoria".
"Se os republicanos estão assim tão certos da vontade do povo português, então porque não deixam fazer um referendo?", questionou, no final de um jantar de monárquicos, organizado em Braga, no qual participaram cerca de 100 pessoas, militantes e dirigentes do norte e do centro do País, representantes dos órgãos nacionais do partido, membros das casas reais (isto o que é?) e da Associação Real de Portugal.

Manifestando-se convicto de que "os portugueses quererão partir para uma representatividade nacional com um rei e não com um presidente", Manuel Beninger disse que "a democracia saída do 25 de Abril de 1974 mais parece uma República democrática da Roménia no tempo do Ceauscescu ou da Guiné-Bissau no tempo do Nino, já que impõe uma vontade que não é da maioria, mas da minoria".
Garantiu que os monárquicos vão estar activos no ano em que se comemora o centenário da primeira República. "Tivemos uma primeira República de terrorismo, uma segunda com 43 anos de ditadura e uma terceira, a do 25 de Abril, que priva os monárquicos da possibilidade de terem um cão", acusou.
Para alterar a constituição, o PPM pensa sensibilizar, de imediato, a opinião pública próxima do PSD e do CDS e, mais tarde, o PS. "Queremos uma lei fundamental igual para todos", frisou Beninger.

[Cambada... Fui ver quem era Manuel Maria Beninger Simões Correia. Sendo assim é licenciado em engenharia civil, e com "um vasto percurso profissional que se caracteriza por uma forte marca multidisciplinar. Tendo frequentado diversos cursos de música e línguas, utilizou essa bagagem académica na docência, que exerceu em várias escolas do ensino básico e secundário". "Muito ligado ao associativismo", colabora regularmente com vários órgãos de comunicação social e assina pontualmente contribuições em jornais de referencia, entre os quais o Diário do Minho, o Correio do Minho e Público. Foi presidente da juventude Monárquica em 1992 e cumpre actualmente mandato na Assembleia Municipal de Braga como deputado. Dedica-se empenhadamente às causas sociais, sendo um voluntário activo da Cruz Vermelha de Braga, na “Equipa de Rua” do “Projecto Aproximar”.
E é assim permitido que este indivíduo possa dizer tudo o que lhe vem à cabeça...]

2 comentários:

Anónimo disse...

Vergonha pq? ser Monarquico é se livre.

Comendador Castro disse...

Caro Anónimo,

Não tendo que me justificar muito, passo a explicar o porquê da afirmação que faço no título do post:

- Claro que ser monárquico é ser livre. Contudo, o "referendo" de que os indivíduos do PPM falam vai ser sectário, não vai envolver o movimento monárquico que considera S.A.R. O Senhor D. Duarte Pio, Duque de Bragança;
- É uma vergonha porque é precipitado por motivos mediáticos (lembre-se de que o sr. Câmara Pereira perdeu o palco desde que saiu do parlamento).
- Ora, não sendo o referendo um tema preparado, com tudo o que isso significa de campanha mediática, apoiada em argumentos que mostrem as vantagens do regime que defendemos e apoiado personalidades com visibilidade pública que mostrem aos portugueses o porquê da mudança, receio que o referendo, a existir, venha a ser um dia triste para os monárquicos portugueses pela votação expressiva contra o que, no geral, propomos;
- Mais, há uma união entre os monárquicos portugueses acerca de quem é o pretendente ao trono? Se do lado da Causa Real (antiga Causa Monárquica) e maior movimento monárquico português S.A.R. O Senhor D. Duarte é o pretendente e futuro Rei de Portugal, há outros pequenos movimentos que defendem outras ideias... Ora, maior divisão não pode haver...
- Mais ainda, como funcionaria a escolha do Rei de Portugal constituinte? Reunia-se o Parlamento (não havendo Cortes, como em Espanha - Senado +Parlamento)? As opiniões são concensuais?
- Não estando nada esclarecido e definido para a opinião pública, nem havendo um mínimo de decoro e seriedade em torno do assunto, receio que se faça fraca figura e que o ideal monárquico (que não o meu) fique afectado para sempre.

Viva o Rei!
Viva S.A.R. O Senhor D. Duarte!