quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rei do Butão coroado finalmente!

Foi anunciada a tão esperada data para a coroação do Rei do Butão, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, que herdou o trono depois da abdicação do pai, em 2006, para facilitar o caminho para a monarquia constitucional.
Fontes oficiais afirmam que a sua coroação formal foi adiada até que as eleições para o parlamento estejam concluídas. Assim, realizar-se-ão no dia 6 de Novembro.
Em 2008 o país tornou-se formalmente uma monarquia constitucional e o Rei abdicou dos seus poderes absolutos. Ao anunciar este"momento histórico", o Primeiro-Ministro Lyonchhen Jigmi Y Thinley disse que a data foi escolhida por três astrólogos como a mais auspiciosa.

O Primeiro-Ministro disse também que a coroação consolidará a "soberana independência, a paz, a segurança e a união do Reino".

Nepal: PR do Nepal assume funções

O primeiro Presidente da República do Nepal, Ram Baran Yadav, tomou ontem posse, anunciaram responsáveis nepaleses.
Apoiado pelo partido do Congresso do Nepal (centrista), Ram Baran Yadav recolheu segunda-feira 308 dos 590 votos dos deputados da Assembleia constituinte, ficando à frente do candidato apoiado pelos maoistas. Os maoistas dispõem da maioria dos assentos da Assembleia, mas não de maioria absoluta.
A eleição do Presidente mergulhou o país numa nova crise política porque os maoistas decidiram não formar o primeiro governo da República do Nepal.

A monarquia nepalesa
As leis da genealogia não destinavam Gyanendra a ser rei do Nepal. Mas numa
noite de Junho de 2001, o seu sobrinho e príncipe herdeiro, o jovem Dipendra, num acto de loucura alimentado por um desgosto amoroso e pelo excesso de álcool, interrompeu atiro de metralhadora um jantar familiar. Morreram o monarca, Birendra, a rainha e mais seis membros da realeza. O próprio assassino acabou por se suicidar. Pouco depois, um Nepal ainda em choque entronizava o irmão do rei morto. Mas os sete anos de reinado de Gyanendra foram um fracasso total, culminando com a vitória (nas urnas) da guerrilha maoísta que acabou com a monarquia, pondo fim a uma dinastia que governa este país dos Himalaias há dois séculos.

Os guerrilheiros maoístas, que se transformaram em partido político após uma década de luta armada, viram o rei Gyanendra partir voluntariamente, e aboliram a monarquia durante a reunião da Assembleia que elaborarou a nova Constituição deste país de 28 milhões de habitantes. Os maoístas, vencedores das eleições, são membros de um movimento que gera desconfiança nas vizinhas China e Índia e que os Estados Unidos continuam a considerar como terrorista.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Nostalgia nos 90 anos da morte czar Nicolau II

Numa sondagem da televisão estatal russa Rossiya, o czar Nicolau II surge em primeiro lugar na lista dos Maiores Russos da História, à frente de Estaline e Lenine. Uma popularidade que explica o facto de centenas de pessoas se terem ontem reunido em Ekaterinburgo, a cidade dos Urais onde os bolcheviques - no poder desde a Revolução de 1917 - assassinaram o czar, a mulher e os cinco filhos 17 de Julho de 1918.

"Chegou o momento de trazer de volta o que foi destruído", disse o arcebispo de Ekaterinburgo na Igreja do Sangue Derramado, construída em 2003 no local onde a família imperial foi assassinada. O religioso dirigia-se a uma assistência que se ajoelhava enquanto beijava fotografias dos Romanov. "Vim apenas por um motivo: pedir desculpas", explicou Alla Solodovnikova. Esta mulher de 67 anos fez um longo percurso desde Kaliningrado, nos confins ocidentais da Rússia. O culminar das comemorações em Ekaterinburgo estava previsto para a noite de ontem para hoje, à hora exacta em que passarem 90 anos sobre a execução do czar e da família pelos bolcheviques, numa mina abandonada, onde os corpos foram lançados e regados com ácido. Em 1991, foram exumados e sete anos depois, Nicolau II, a mulher e três dos cinco filhos receberam um funeral de Estado em Sampetersburgo. Depois de uma missa nocturna, os peregrinos reunidos em Ekaterinburgo deviam percorrer 18 quilómetros a pé até à mina onde os Romanov foram mortos.

Os sentimentos dos russos em relação a Nicolau II evoluíram bastante desde o desmantelamento da União Soviética em 1991. Mas uma sondagem de 2005 revela que 56% dos inquiridos ainda tinha um olhar muito crítico sobre o último czar. Nicolau II ficou conhecido como "O Sangrento" devido à forma como eliminou os opositores, além de ter sido incapaz de impedir o país de cair no caos político. No poder desde 1894, Nicolau II foi obrigado a abdicar em 1917 após a revolução bolchevique que abriu caminho à criação da União Soviética. O Presidente Dmitri Medvedev não comentou as comemorações da morte de Nicolau II.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

D. Duarte diz que há cada vez mais pessoas com fome

O chefe da Casa Real Portuguesa, D. Duarte de Bragança, defendeu ontem que o Estado se deve preocupar em dar formação às famílias sobre a forma de gerir a economia doméstica, no contexto presente de crise alimentar.

"Há cada vez mais pessoas a passar fome em Portugal e isso é grave. Mas há também um problema de formação", disse aos jornalistas, à margem da sessão de abertura do colóquio "Crise Alimentar nos Centros Urbanos", que decorre no Fundão.
"Há muitas pessoas em situação difícil porque não sabem gerir a economia doméstica", refere.
D. Duarte mostrou-se ainda contra a atribuição de subsídios sem que quem os recebe "dê uma contrapartida" e defendeu uma aposta em "melhor educação". "Por exemplo, muitas pessoas não sabem planear uma dieta equilibrada, gastando menos. Pensam que todos os dias têm que pôr um bife à mesa", referiu D. Duarte, considerando que o Estado tem um papel "fundamental" em fazer chegar formação a estas famílias.

"É para isso que pagamos impostos. Não é para construir auto-estradas inúteis e estádios de futebol, mas sim para educar e evitar que cheguemos a situações sociais como as que temos hoje", realçou. "Não vejo que se fale de fome na Alemanha ou na Áustria, só aqui é que oiço isso", acrescentou.

A iniciativa de ontem no Fundão foi organizada pelo Instituto da Democracia Portuguesa (de que D. Duarte de Bragança é presidente de honra) em parceria com a Associação de Regantes da Cova da Beira e a Câmara do Fundão. D. Duarte alertou ainda para a dependência alimentar de Portugal do estrangeiro, que só pode ser limitada "com uma revolução completa da política de planificação do território", destinando mais terras à agricultura. "A agricultura tem sido injustamente perseguida em Portugal", referiu. "Os agricultores portugueses recebem 40 por cento dos apoios que recebem os do resto da Europa." "E daquilo que vendem só retiram 15 a 20 por cento", concluiu.
Ontem, no Fundão, não foi a primeira vez que D. Duarte levou a cabo aquilo a que os seus apoiantes gostam de chamar "monarquias abertas". Já tinha estado no Alentejo, e o tema principal tinha sido a saúde. Além do colóquio sobre a "Crise alimentar nos grandes centros urbanos", D. Duarte de Bragança tinha na agenda a assinatura de vários protocolos com instituições do distrito de Castelo Branco.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dom Duarte relança "monarquias abertas"

Chefe da Casa Real volta ao terreno para debater a crise alimentar.

Dom Duarte Pio de Bragança vai voltar amanhã ao terreno, desta vez no Fundão, para debater o tema "Crise alimentar nos centros urbanos". O Duque de Bragança participa e encerra uma jornada de reflexão sobre os efeitos da crise na alimentação nas cidades e o desenvolvimento do mundo rural, organizada pelo Instituto da Democracia Portuguesa em parceria com a Associação de Beneficiários da Cova da Beira e com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, liderada por Manuel Frexes, eleito pelo PSD, presidente dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD).

Esta não é a primeira vez que Dom Duarte se lança numa iniciativa que muitos consideram uma "marcação à linha" às chamadas "presidências abertas" que o Chefe do Estado normalmente empreende - com Cavaco Silva chamam-se "roteiros". No Alentejo, e com a Saúde como tema principal, o assunto foi alvo de debate aceso, inclusivamente entre monárquicos, na imprensa e na blogosfera nacional.
Nestas autênticas "monarquias abertas", como lhes chamam os indefectíveis de Dom Duarte, participa um batalhão de especialistas em várias áreas, como: Canaveira Campos (presidente do Instituto Cooperativo António Sérgio), Campos Neves (Instituto Superior de Fafe), general Rodolfo Bacelar Begonha (antigo director da Polícia Judiciária Militar nos governos de Cavaco), Manuel Pereira Barrocas, Gonçalo Ribeiro Telles, Manuel Ferreira dos Santos, Frederico Brotas de Carvalho (um dos autores do "Erro da Ota"), Fernando Paulouro, Mendo Henriques e António Gomes. Como fazem os chefes de Estado há também lugar para a assinatura de protocolos com associações de agricultores de Castelo Branco, de beneficiários de regadios da Idanha e da Cova da Beira, UBI, Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Universidade de Badajoz e a Direcção Regional de Agricultura.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

76 anos da morte de D. Manuel II

Faz dia 11 de Julho 76 anos que morreu o último Rei de Portugal, D. Manuel II.

Eis a notícia da Revista TIME de 11 de Julho de 1932:
"All last week Dom Manoel de Braganza, onetime King of Portugal, sat at Wimbledon watching the tennis tournament, chatting with his good friends King George of England and onetime King Alfonso of Spain. On the day that Ellsworth Vines won the championship, King Manoel's chair was vacant. He had waked up with a sore throat. After breakfast he went to see his physician, was ordered to bed. But not until afternoon did Dom Manoel obey. By then his throat was swelling rapidly, he was choking for breath. While his secretary telephoned frantically for Lord Dawson of Penn, Dom Manoel's diseased glottis continued to swell & swell until it blocked his windpipe, choked him to death.

Had Dom Manoel's wife, Princess Augusta Victoria Hohenzollern, or his secretary, who were the only people in his house that afternoon, found a tube and forced it down his throat he might have lived longer. The glottis, the slit-like opening into the larynx, less than an inch long, is capable of swelling with alarming rapidity. Intubation (insertion of a tube) lets the patient breathe until the swelling has subsided. More frequently the physician will cut into the trachea through the neck and insert the tube from the outside. If laymen such as Dom Manoel's wife and secretary had tried to do that they would likely have cut an artery.

Dom Manoel was a king for two and a half years of his 42. In his 19th year in 1908, revolutionists stormed the carriage in which he was riding with his father King Carlos and brother Crown Prince Louis Philippe, shot the King and Crown Prince to death. Manoel was crowned three months later. In 1910 a second revolution sent him scurrying to Gibraltar. Dom Manoel, who had never wanted to be a king, was quite satisfied when the republic allowed him to keep his property, valued at some $50,000,000. He led a pleasant life as the royal lover of beauteous Gaby Deslys, refused to return to Portugal in 1919 when Royalists proclaimed him King again. Actress Deslys died in 1920, also of a throat infection. Dom Manoel retired with his wife (whose marriage Pope Benedictus XV had refused to annul) to his farm at Twickenham, near London, settled down to a life of farming, tennis, fencing and following horse races. He died while his valet's daughter was being married. He had promised to be best man."

Reino da Dinamarca continua a ser o país mais feliz do mundo e Portugal está nos 10 menos

À atenção de Portugal: o Reino da Dinamarca é o país mais feliz do mundo!
A conclusão foi apresentada pelo Instituto de Pesquisa Social da Universidade do Michigan que, desde 1981, estuda os níveis de felicidade em 52 países do mundo.

Com a sua igualdade social e atmosfera democrática pacífica, a Dinamarca lidera os gráficos de felicidade mundial, contrastando com a China, onde a felicidade tem decrescido. "Suspeito que existe uma forte ligação entre paz e felicidade", afirma Ronald Inglehart, cientista político que orientou o estudo. "A Dinamarca, não sendo o país mais rico do mundo, é um país próspero", acrescenta.

Na lista, os EUA encontram-se em 16.º lugar (relativamente longínquo do vizinho Canadá, cujo chefe de Estado é a Rainha Isabel II, no 9.º lugar).
Portugal ocupa a 47.ª posição no ranking do total de 52. Os países mais felizes, como a Islândia, a Suíça e a Áustria, são apontados por Inglehart como os exemplos da excelência de normas de tolerância social e de sistemas políticos democráticos.
"Em última instância a determinante mais importante é a possibilidade de livre escolha de cada um na orientação das suas vidas", afirma Inglehart.